Actualmente vê-mos uma sociedade egoísta que não se preocupa com o futuro, afinal somos aqueles que vão fazer parte dele.
Um dos maiores receios dos nossos jovens é a dificuldade em iniciar uma vida sem a alçada dos pais.
É uma realidade os jovens portugueses saírem mais tarde de casa, adiam o casamento os filhos e sujeitam-se a empregos precários.
Esse facto a partida é devido ao prolongamento da condição juvenil, em parte devido ao alargamento do período de escolaridade e de formação.
A taxa de escolarização tem vindo a subir nos últimos 15 anos, particularmente no escalão etário mais novo e no universo feminino. As raparigas tendem a permanecer mais tempo no sistema de ensino. No secundário ultrapassam os rapazes e por consequente o sector feminino frequenta mais o ensino superior. Mas o abandono escolar ainda é e continua a ser uma nuvem negra no nosso País.
Para o prolongamento do estatuto de jovem contribuem outros factores. São os mais jovens os que estão mais sujeitos a situações de emprego precário, ao emprego temporário, ao sub-emprego, a formas atípicas de emprego e ao desemprego.
As empresas ao verem que os jovens estão “perdidos” aproveitam-se da débil situação dos pais para os explorar, dando-lhe tarefas que não correspondem às suas habilitações e ainda por cima pagam-lhes salários ridículos para a conjuntura económico-financeira de Portugal.
Casar e ter filhos são também assim protelados no tempo. A idade média de casamento é hoje em dia 28 anos para os homens e 26 para as mulheres. O primeiro filho também surge cada vez mais tarde. Ainda assim, o casamento continua a ser a via mais utilizada para iniciar a vida conjugal, embora as celebrações católicas tem vido a decrescer.
Em contraponto surge uma taxa de divórcios cada vez maior e um encurtamento da duração média dos casamentos.
Com todas essas dificuldades como podem os jovens terem a ambição de construírem um futuro independente do abrigo dos pais ou dos familiares…
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