terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Domingo nas urnas

Para não faltar com a verdade dos factos, cumpre-me dizer que este texto foi escrito ontem, dia 23 de Janeiro.

“São 16h47 e encontro-me na sede da Junta de Freguesia. Hoje é dia de eleições presidenciais e o frenesim não podia ser maior. É um corrupio de membros de mesa, delegados das candidaturas, funcionários da Junta e eleitores. Tudo para que a Democracia, que, temos que ser francos, sai muito cara, possa ser cumprida. Se as sondagens estiverem correctas, esta noite, o candidato apoiado pelo PSD, o Professor Aníbal Cavaco Silva, será reeleito Presidente da República e de todos os portugueses.

Como já anunciaram os telejornais da hora do almoço, o sistema nacional de acesso aos números de eleitor apresenta dificuldades técnicas e a fila de eleitores à porta da Junta é enorme. Contudo, não deixo de sentir uma pontada de orgulho ao ver estes feirenses que fazem questão de exercer o seu direito e cumprir o seu dever.

Fico sempre nervosa em dia de sufrágio, mesmo que seja um referendo. Também acho sempre emocionante! A Luísa, que é médica no Centro de Saúde, a Olívia, que tem um mini-mercado, o Filipe, que trabalha num café, e o Amadeu, que é deputado na Assembleia da República, todos juntos e com o mesmo propósito. A todos eles, acho importante referir: é louvável não ficarem em casa e é louvável o exemplo de Democracia que dão aos que ficam.”
Hoje, à luz dos resultados eleitorais, folgo ver a confirmação das sondagens das últimas semanas. Aos 53% de abstenção, só posso dizer que lamento que tantas pessoas tenham desistido de Portugal e dos portugueses.

“A Democracia é difícil e exigente, mas dela não nos demitiremos.”
Francisco Sá Carneiro

Joana Ribas

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