segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Empreendedorismo jovem

            Sob a epígrafe empreendedorismo jovem, vou falar-vos daquilo que penso ser uma das formas de saltarmos da crise para a prosperidade.
            Os jovens têm sido das faixas etárias mais afectadas por esta falta de oportunidades, que nos atinge de alguns anos para cá. As razões podem ser de índole técnica, pois as máquinas são cada vez melhores a substituir a mão humana, mas são em maioria de razão causas motivadas pela falta de visão do empregador. Se pensarmos em grandes grupos, como a Microsoft, Google, Yahoo, entre outras, há muito tempo que concluíram que, ao darem oportunidades e qualidade de vida à sua classe operária, irão obter melhor produtividade. Mergulhados neste problema, creio que a oportunidade está em aproveitar a cada vez melhor formação técnica e intelectual dos indivíduos, canalizando-a para a criação de pequenas empresas e negócios, que podem dar a alavancagem necessária para a sustentabilidade de milhares de jovens. Basta uma micro-empresa com apenas dois trabalhadores para gerar dois postos de trabalho. Cem bons negócios podem gerar duzentos postos de trabalho e por aí adiante. Talvez esta soma básica seja um bom ponto de partida para uma reflexão sobre o paradigma segundo o qual esta sociedade se rege e segundo o qual ela se deve reger.
            Com isto, não pretendo indicar a solução miraculosa de todos os nossos problemas. O que penso é que está na altura de deixarmos de ter medo de arriscar, de acreditarmos mais em nós mesmos e nas nossas ideias. Já imaginaram se o Thomas Edison não tinha arriscado a produção da lâmpada eléctrica? Se o Alexander Bell não tivesse a genialidade de criar o telefone ou mesmo se o Bill Gates e o Paul Allen não tivessem investido toda a sua criatividade em software? Certamente, o mundo não seria igual. Todo os passos que damos têm os seus riscos, a maioria dos quais calculáveis, mas uma pequena parte continua imprevisível. Estes exemplos não se arrependem de ter arriscado e nós agradecemos-lhes a evolução que nos proporcionaram.
            Obviamente, não temos, nem podemos, todos ser donos do nosso próprio negócio, inventores ou mesmo investidores. O que interessa é que aquelas pessoas que têm uma ideia a realizem, porque de uma pequena ideia pode nascer um grande império e daí advir um conjunto de importantíssimos benefícios sociais. Não aguardem pelo que pensam ser o momento certo. Se têm uma ideia avancem, pois se esperarem muito nunca lá chegarão, afinal esse dito momento certo, é muitas vezes um escape á falta de coragem.
            Não sendo nenhuma autoridade nesta matéria, dou simplesmente o meu contributo, na expectativa de, quem sabe, conseguir persuadir algum indeciso.

            “O génio consiste em um porcento de inspiração e noventa e nove porcento de transpiração”
Thomas Edison

João Cunha

1 comentário:

  1. João, não podia estar mais de acordo contigo. O que falta neste País são mais pessoas que arrisquem e que invistam.
    O problema é que o povo português é muito comodista e prefere não ter chatices.
    Nem todos terão as capacidades para criar o seu próprio negócio, mas o problema são aqueles que têm capacidades e simplesmente não as utilizam.

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