quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nova imagem, o mesmo empenho



 O NR|JSD Feira reformulou o seu logótipo. Com a imagem renovada, baseada no seu ex-libiris – Castelo de Santa Maria da Feira – o Núcleo pretende continuar a apostar em novas dinâmicas de aproximação à Juventude Feirense, prometendo para breve o lançamento da sua Newsletter. Apesar da nova imagem, o Núcleo segue com o mesmo empenho.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma Nova Mentalidade Política




As crises, como se tem dito constantemente, podem e devem ser aproveitadas para se fazerem reformas, sendo consideradas uma janela de oportunidade para corrigir, investir, reformular, inovar e reformar.

Se o Governo PS está aproveitar o momento para introduzir políticas de austeridade, necessárias aliás, sobre o Estado e a população portuguesa, também deveria ser considerado a reformulação do sistema político, não tanto a sua forma institucional e de representação mas sim os hábitos e costumes, a cultura e a mentalidade da classe política e do Estado português.

A classe política deve ser constantemente renovada, para prevenir o imobilismo, os favorecimentos e os vícios que o poder (central e local) traz, devendo haver uma renovação constante para assim promover a ascendência de pessoas capazes e com mérito. A lei de limitação de mandatos autárquicos (46/2005) foi um bom primeiro passo.

Os privilégios que os ocupantes dos cargos públicos têm, deviam ser altamente reduzidos ou até eliminados, como o constante uso do automóvel com motorista, os ordenados demasiados altos para a realidade portuguesa, os diferentes e volumosos subsídios (deslocação e residência por exemplo), o acumular de pensões, a possibilidade de ter vários assessores, etc, não tanto na lógica redução de custo mas sim porque é se eleito para servir o país e não para se servir dele. Sem privilégios e com a responsabilização dos cargos públicos, só quem quiser mesmo servir o país é que, em principio, se vai candidatar.

Em relação à política de responsabilização dos cargos públicos, uso o exemplo do Clube Desportivo Feirense, que tem a simples, mas eficaz, política de o clube não poder ter prejuízos (só pode gastar aquilo que tem) e se tal acontecer o Presidente cessante é obrigado a pagar os eventuais prejuízos com o seu próprio dinheiro. Tal deveria acontecer em todos os cargos públicos em que se tenham que tomar decisões que envolvem dinheiro do Estado, com um enquadramento adequado e lógico, em que por exemplo, se algum individuo tivesse desperdiçado fundos públicos, de alguma forma, deveria ser proibido de exercer cargos públicos. 

Por fim, as relações entre os sectores privados e sectores públicos, deveriam ser totalmente transparentes e constantemente monitorizadas, para se evitar o que precisamente acontece no presente, o constante recrutamento de altos ex-governantes para empresas privadas, os concursos públicos com resultados certos, o constante defraudamento do Estado por parte das empresas públicas, tudo isto com o objectivo puro de enriquecimento, quer pessoal quer corporativo.

 "Sou eu que pago os políticos, não vejo razão nenhuma para terem uma vida de luxo", frase de um vulgar cidadão sueco (que pode ser ouvida aqui numa reportagem brasileira sobre o sistema político sueco) que pode muito bem resumir tudo o que escrevi.

Por fim, diz-se que em democracia, a população tem o governo que merece ou que tem o governo à sua imagem. Acho que todos merecemos mais, e para tal, nós enquanto sociedade, devemos ambicionar não a riqueza que se mira num cargo público, mas sim a possibilidade que esse mesmo cargo proporciona, a possibilidade de mudar, de resolver, de melhorar o país acreditando sempre que o mérito e a competência são a solução, e com a consciência que ao assumirmos um cargo público deveremos ser parte da solução e não mais uma peça da engrenagem.

Marcos Correia

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

No Mundo do Desespero

A criminalidade e a violência fazem parte da ordem do dia. Cada Vez mais se ouve falar deste assunto, e embora, estatisticamente, sejamos dos países mais seguros, isso reflecte-se no nosso dia-a-dia.
Quais os motivos?
Imigração ilegal, racismo, crise financeira, degradação dos valores!
Quais as soluções?
Alteração do código penal, tratamento dos reclusos, combate à pobreza, medidas políticas!
As dificuldades económicas de muitas famílias são por demais evidentes. Como se costuma dizer, a pobreza hoje não é só aquela que salta à vista mas também a do vizinho do lado que trabalha, que parece ter uma vida modesta e que não passa dificuldades mas cuja realidade é outra. O ordenado não chega, primeiro vai-se os pequenos luxos até começar a faltar comida, roupa e as contas para pagar sempre a aumentar. A não ser que os jovens sejam apoiados pela família, não conseguem pagar os empréstimos da casa e do carro e constituir família. Eu considero a casa, carro e dinheiro para as contas, não é viver ostensivamente, mas cada vez mais parece que sim. O facto de se querer independência financeira e não arranjar forma de o fazer, acho que pode levar muita gente ao desespero e com isso leva-lo ao mundo da criminalidade.
Também me parece que a imigração descontrolada possa ter alguma influência. A maior parte das pessoas que vêm para Portugal, esperam encontrar um país que lhes dê emprego e uma vida estável e todos sabemos que isso não é uma realidade. Penso que se deveria restringir o acesso ao país, não por questões xenófobas mas para não incentivar as pessoas a abandonar o seu país e aperceber-se de que afinal as coisas não são assim tão boas como parecem. Alguns deles são mão-de-obra qualificada e vêem-se na situação em que tantos portugueses também estão.
E, por último, penso que zonas pobres e degradadas, principalmente perto das grandes cidades fomentam um estilo de vida associado ao roubo e à violência que não é benéfico para nenhum dos jovens que por lá cresce. Se vêem roubar para ter dinheiro, se vêem matar para resolver problemas, não espero que sejam pessoas diferentes no futuro. Já nem é necessidade, é um estilo de vida. Apesar de haver aquela criminalidade mal intencionada, por adrenalina e para desafiar os limites, penso que não seja tão expressiva quanto isso. Mas posso estar enganado.
Para reverter a situação, alterações do código penal que tornem as penas mais pesadas, que obriguem os reclusos a fazer trabalhões comunitários em vez de ficarem à conta do orçamento e que lhes mostrem que os hábitos não ficam impunes. E principalmente, a consciencialização politica para a importância do combate à pobreza, do controlo da imigração e de evitar a segregação social.

Óscar Pinto