“Que Parva que Sou”, música original do grupo Deolinda, estreou-se num concerto ainda antes de ser editada. Uns ficaram de boca-aberta e outros com uns sorrisinhos de desconforto, porque se estavam a rever naquela situação.
Esta música, juntamente com o trabalho dos Homens de Luta despertou a revolta e fez a população dizer ‘Já chega!’. Em consequência, surgiu a manifestação da “Geração à Rasca”.
No passado sábado, 12 de Março, os portugueses não ficaram indiferentes a esta manifestação: cerca de 380 mil portugueses saíram à rua para mostrarem o seu descontentamento pela forma como estão a ser tratados.
Estas pessoas lutavam por melhores condições de trabalho e pelo reconhecimento das suas capacidades. Cada um lutava com a sua voz de revolta. Estavam juntos, mas também cada um por si - “não entram símbolos, mas sim, corações”.
Ouviam-se nas ruas uma voz em uníssono, a voz da revolta. Isto serve tornar o povo mais activo na vida política. È isto que Portugal necessita: fazermo-nos ouvir para salvarmos o país. Não se pode pensar que votar, por si só, é cumprir o dever cívico. É imprescindível fazermo-nos ouvir porque “quando a juventude arrefece, o mundo tirita de frio”.
Contudo, passar um dia na rua a protestar não chega. É necessário trabalhar.
Muitas pessoas, depois da manifestação ficaram a pensar “E agora?”. Há quem reclame novas manifestações, mas os jovens que estiveram na origem do protesto propõem que a fase seguinte seja “criar fóruns de debate para apresentar propostas concretas”.
O debate vai começar, primeiro nas redes sociais, mas a ideia é sair da Internet e englobar as pessoas de todas as gerações que compareceram ao protesto e cujo “capital de ideias, experiências laborais e políticas não pode ser desperdiçado”.
JUVENTUDE, o trabalho não acabou. Ainda agora começou!
Sara Ferreira
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