Como é do conhecimento público, o acordo com a Troika obriga o país a uma reorganização territorial, com redução obrigatória do número de municípios e freguesias. Pois bem, como facilmente se compreende, isto é uma matéria sensível. A essência dos municípios e, sobretudo, das freguesias prende-se com as comunidades locais e com as suas identidades. A redução destas divisões administrativas não pode ser feita de ânimo leve e sem ouvir o que as mesmas têm a dizer.
Num município como o nosso, com 31 freguesias, todas tão barristas e defensoras da própria identidade, certamente que a tarefa não será fácil. Contudo, é preciso pensar no Concelho e em como a associação poderá ser feita, com ganhos de eficiência e com o menor descontentamento público possível. Sim, porque descontentamento vai existir sempre. O que eu até entendo, porque sempre fui Feirense, seria muito complicado para mim passar a ser outra coisa qualquer sem sequer sair do sítio. Nos municípios, a questão não se afigura mais simples, nomeadamente com os nossos vizinhos de São João da Madeira.
Nesta matéria, e compreendendo como já disse as respectivas sensibilidades, sou franca, com ou sem Troika, é bom que se faça. Com todo o respeito pelas individualidades, um país com as dimensões de Portugal, ter mais de 4200 freguesias é manifestamente excessivo. As mais pequenas, menos populosas ou tidas como dormitórios tem de compreender que, possivelmente, serão as mais afectadas. Talvez não seja má ideia começar a pensar em como poderão tirar partido disso.
De resto, espero que o processo seja célere e que reine, acima de tudo, o bom senso.
Joana Ribas.
Num município como o nosso, com 31 freguesias, todas tão barristas e defensoras da própria identidade, certamente que a tarefa não será fácil. Contudo, é preciso pensar no Concelho e em como a associação poderá ser feita, com ganhos de eficiência e com o menor descontentamento público possível. Sim, porque descontentamento vai existir sempre. O que eu até entendo, porque sempre fui Feirense, seria muito complicado para mim passar a ser outra coisa qualquer sem sequer sair do sítio. Nos municípios, a questão não se afigura mais simples, nomeadamente com os nossos vizinhos de São João da Madeira.
Nesta matéria, e compreendendo como já disse as respectivas sensibilidades, sou franca, com ou sem Troika, é bom que se faça. Com todo o respeito pelas individualidades, um país com as dimensões de Portugal, ter mais de 4200 freguesias é manifestamente excessivo. As mais pequenas, menos populosas ou tidas como dormitórios tem de compreender que, possivelmente, serão as mais afectadas. Talvez não seja má ideia começar a pensar em como poderão tirar partido disso.
De resto, espero que o processo seja célere e que reine, acima de tudo, o bom senso.
Joana Ribas.
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