segunda-feira, 4 de julho de 2011

A derradeira oportunidade

           Ao longo dos últimos 20 anos temos vivido num sonho chamado Europa, os seus fundos e ajudas habituaram os nossos líderes a uma cultura de despesismo desenfreado, utilizando como justificação por diversas vezes Keynes e a sua teoria de injecção na economia de dinâmica através de grandes obras públicas geradoras de emprego e liquidez.
            Considerando-me um apreciador de Keynes parece-me desapropriado e extemporâneo a aplicação das suas teorias nos tempos que correm, o Estado deve/tem de perceber onde deve existir e controlar, garantido a liberdade de acesso e o funcionamento claro da democracia, devendo em sentido oposto exumar-se de qualquer comportamento em áreas onde a sua presença gera distorções de mercado. A recuperação deve acontecer pelo lado da iniciativa privada tornando a nossa economia menos dependente do Estado e como tal mais competitiva e menos volátil.
            A crise que vivemos, tem que ser vista como, o momento para alterarmos comportamentos e encetarmos a mudança que todos precisamos, de que valem os direitos adquiridos se não existir um Estado capaz de os garantir, de que vale a resiliência dos empreendedores se ninguém comprar produtos às empresas portuguesas, de que vale termos um dos melhores Serviços Nacionais de Saúde do Mundo se é insustentável. Temos que consciencializarmo-nos que estamos no ground zero da economia onde temos duas soluções, reencontramo-nos enquanto povo ou vamos ter um país numa verdadeira catástrofe social.
            Temos um governo de maioria, mais de 85% das forças com assento parlamentar assinaram o memorando da Troika, o povo Português é hábil e competente e juntos temos que sentir que este é o momento, não existem segundas nem terceiras tentativas, é agora!
            Vamos em sequência, cumprir o acordo com as instâncias internacionais, dimensionar o Estado e as suas participações, racionalizar as prestações sociais somente aqueles que delas efectivamente necessitam, dar possibilidade  às empresas de ao contratarem novos colaboradores não sentirem que estão criar um enorme ónus, potencializar a nossa capacidade de exportar tendo como objectivo a inversão da balança comercial, crescimento acima dos 3%, implementação de medidas de estímulo ao emprego.
            Juntos vamos conseguir atingir os objectivos, não podemos é entrar em extremismos nem radicalismo, o protesto pode ser salutar devemos é saber avaliar se quem governa tem alternativa às medidas impostas ou se o mesmo não pode ser prejudicial para nós mesmos, acima de tudo temos que pôr em primeiro lugar PORTUGAL  e os PORTUGUESES.
            Esta é a nossa derradeira oportunidade, basta de facilitismo, basta de mentira, basta de corrupção, basta de governar para os partidos, se queremos pôr Portugal a crescer e a gerar emprego temos que governar para a Nação, empolgando os seus nacionais a darem mais de si e a juntarem à causa, juntos provocaremos a recuperação de Portugal.

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