Ter um edifício da qualidade do Europarque a centenas de metros da cidade da Feira é um luxo. Bem sei que este luxo não pertence à autarquia, sei também que é um espaço privado. No entanto, tal pode mudar, se o Estado accionar o seu poder como fiador para cobrir as dívidas que a AEP não consegue pagar.
Resumindo, o Europarque é uma oportunidade à espera de ser aproveitada, à espera de alguém que tenha um plano dinamizador, à espera de alguém capaz. O que poderia a Feira, enquanto município, retirar deste espaço?
Correndo o risco de ser demasiado simplista ou imaginativo, lanço na mesma uma série de tópicos sobre a potencial utilização do Europarque:
- Transferência da 'Caixa das Artes' para o Europarque;
- Disponibilização do espaço para as associações que precisem de um espaço;
- Transformação de parte do edificado num pavilhão desportivo;
- Criação de uma Incubadora de base tecnológica (como já tinha sido projectado para terrenos adjacentes, ideia que emergiu apenas em arruamentos e em solo abandonado e poluído) em interacção com o Visionarium;
- Utilização do espaço verde para programas de desporto para a população em geral (jovens e idosos sobretudo);
- Reserva de um espaço para acolher instituições temporariamente (tribunais, polícia, bombeiros, câmara municipal, etc) em caso de necessidade;
Mais e melhores ideias poderiam ser acrescentadas, no entanto, poder-se-á ter já uma ideia do potencial que este espaço poderá ter na afirmação da cidade da Feira como cidade média e como elemento estruturante da AMP (Área Metropolitana do Porto) e numa altura em que a reforma autárquica está em execução, em que possivelmente a área do Europarque será efectivamente pertença da cidade.
quarta-feira, 21 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Madeira investe quase seis milhões de euros nas festas do cartaz turístico
"Madeira investe quase seis milhões de euros nas festas do cartaz turístico"
Jornal de Noticias 12 de Março de 2012
Daqui a pouco o Sr. Alberto João Jardim está assim:
Daqui a pouco o Sr. Alberto João Jardim está assim:
Pergunta: Quando é que Portugal dá a Independência à Madeira?
Sara Ferreira
segunda-feira, 5 de março de 2012
CP em greve... outra vez!
Normalmente, costumo usar este espaço para me pronunciar sobre assuntos locais. Afinal, esta é uma JSD de Núcleo Residencial e o nosso espaço é, por definição, a freguesia da Feira. Contudo, desta vez vou “pegar” num tema mais nacional, pelo fato que acabo de vivê-lo.
Escrevo-vos sentada num comboio regional Aveiro-Coimbra que apanhei 44 minutos mais tarde do que o previsto porque os maquinistas da CP estão em greve às horas extraordinárias, numa greve que, vim a descobrir, se prolonga até dia 16 de Março. Ora bem, o Direito à Greve está constitucionalmente consagrado e é absolutamente inalienável. Isto dito, a supressão do comboio, para o qual eu e muitos outros compramos bilhete, foi avisada um minuto, (exatamente isso, um minuto) antes da suposta partida do referido comboio.
Os maquinistas são uma classe profissional altamente especializada e que, por isso, não podem ser substituídos da noite para o dia. Isto significa que tem uma posição poderosa dentro da empresa a que pertencem. O uso (alguns até diriam o abuso) desta posição, na minha opinião, serve precisamente para criar desigualdades dentro da mesma. Com ou sem abuso, tem sido demais: só no último ano houve 51 pré-avisos de greve. Ou são os cortes salariais ou redução de regalias ou outra coisa qualquer. Longe de mim desvalorizar o Direito à Greve, mas não posso deixar de notar que o ordenado médio de um maquinista da CP é de €1350.
Neste caso concreto, o motivo da greve são as alegadas irregularidades dos processos disciplinares instaurados aos maquinistas que não cumpriram os serviços mínimos convocados no âmbito de greves ocorridas anteriormente. A CP já admitiu a existência de irregularidades em algumas situações. Acontece que os maquinistas querem que todos os processos sejam arquivados e não apenas os que contém irregularidades, ainda que estas sejam suprimidas, uma vez que não se coadunam com o acordo celebrado entre o Sindicato dos Maquinistas e a CP. Com ou sem irregularidades, há claramente outras vias para resolver este género de conflitos, que de resto já estiveram na origem de greve do setor, nos passados dias 23, 24 e 25 de Dezembro e 1 de Janeiro.
Se o Direito à Greve se encontra elencado na Constituição, há outros que só não o estão porque, supostamente, estão imbuídos nos valores da sociedade, como, por exemplo, o Direito ao Respeito. Se calhar, deviam estar.
Joana Ribas
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