quarta-feira, 23 de maio de 2012

Começo

No início da minha participação ativa numa juventude partidária, assim como vós, nutria uma desconfiança pelo que de verdade se passava no seu interior, fruto do vendaval de informações que nos impõem diariamente. Chegado a uma, no caso a JSD, cautelosamente comecei por efetuar uma destrinça entre aquilo que pensamos enquanto estamos por fora da política e o que vemos e vivemos na realidade no seio destas organizações de jovens, sendo dessa experiência que vos vou falar.
A primeira sensação que temos é que nem tudo é mentira ( em todas as áreas existem pessoas bem intencionadas e mal intencionadas) afinal de contas a entrada num qualquer partido(juventude partidária), não se pode esperar que equivalesse à entrada num qualquer reino de deuses onde não existe pecado nem pecadores. Por conseguinte e apesar de existirem podres e viscerosos membros, congratulo-me pela sua característica excepcional, por poder dizer que aquilo que mais conseguimos vislumbrar são jovens com vontade de contribuir com ideias e trabalho para mudar a sua freguesia, concelho e país.
A segunda sensação é de que fazemos parte de um conjunto de pessoas, mesmo com ideias opostas, que não se resignam e lutam pelo que acreditam, muitas das vezes despidos de valores ideológicos (um dos males a corrigir) mas com uma força de vontade de acreditar num projeto, apenas superada pelo mais fiel dos fieis.
A terceira sensação, é que mercê das inúmeras atividades de formação levadas a cabo pelas juventudes partidárias, nos dias que correm os jovens conseguem cada vez mais obter formação adequada dentro destas organizações, levando a formar potenciais autarcas e forçosamente a renovar o panorama autárquico nacional.
Por último,  o que retiro dos anos em que tenho servido o bem público( através da participação no NRJSD-FEIIRA) é uma sensação de dever cumprido e garante de que fiz a minha parte, enquanto pessoa/cidadão deste país, não me limitei a criticar de forma infundada e sem apontar soluções, não sou diferente do comum dos mortais, revolto-me com as injustiças infligidas a muitas das pessoas deste país, porém, acredito e quero acreditar que as austeras medidas a que nos encontramos sujeitos( fruto de vários maus governos) são necessárias até ao dia em que a própria troika indique o relaxamento e abrandamento das mesmas, não porque não defendo uma agenda para o crescimento (c/salvaguarda), pois defendo-o, mas só porque temos que ter sempre em atenção suprema, o factor de estarmos sobre a luz dos holofotes,  é muito diferente tomarmos essas medidas por nossa vontade ou por indicação/ sugestão.Acima de tudo, a política deve ter sempre em vista a salvaguarda do interesse das populações, na sua tridimensionalidade, pretério, presente e futuro, conjugando estas três realidades de forma sustentável, garantimos uma comunhão geracional saudável e prospera, estes são os valores que acredito e que a vida e troca de ideias me ensinaram a defender.
Mercê das minhas opiniões e opções contínuo a acreditar que servir a comunidade é a mais nobre das atividades que o cidadão pode praticar, não sendo esta obrigatoriamente realizada na forma de militante de um qualquer partido, as pessoas podem de variadas formas evitar a resignação.

João Cunha

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