segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Jsd Solidária

A Jsd Núcleo Residencial de Santa Maria da Feira concretizou as actividades anunciadas para esta quadra: "Juventude Solidária Dedicada" e "Apadrinhe um Presente".
A primeira consistiu numa recolha de alimentos junto da comunidade local. Os géneros foram organizados em cabazes, por forma a permitir a sua distribuição às famílias mais carenciadas da freguesia, bem como às Irmãs Passionistas. Cada cabaz tinha um valor aproximado de 10€. Foi dada a possibilidade de serem entregues em género ou numerário, a qualquer elemento da Jsd ou na Junta de Freguesia. A data limite para a entrega era dia 19 de Dezembro, tendo os elementos do referido núcleo composto os cabazes, que seguiram para a Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira para serem entregues.
Esta iniciativa, que já vai na segunda edição, saldou-se em sucesso! Foram recolhidos 29 cabazes, tendo cada um 11kg.
A acção "Apadrinhe um Presente" cumpriu o objectivo de proporcionar às crianças das Irmãs Passionistas um Natal cheio de surpresas. Um total de 14 escreveram a sua carta ao Pai Natal, que foi disponibilizada por este núcleo nas redes sociais. As Irmãs Passionistas acolhem crianças órfãs, à espera de adopção, que viram todos os seus pedidos atendidos pela comunidade Feirense.
Queremos, por isso, agradecer a todos quantos contribuíram para estas obras. As vossas atitudes contam!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Visitas às Associações

No passado dia 11 de Dezembro, domingo, o Núcleo da JSD da freguesia da Feira visitou a Liga dos Amigos do Hospital São Sebastião (LAHSS), no âmbito do seu périplo pelas associações da freguesia.
A LAHSS foi fundada em 26 de Maio de 1998 e tem a sua sede no Hospital São Sebastião, actualmente Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, sendo Instituição de Solidariedade Social desde 2004. Conta com 391 associados de várias freguesias do concelho da Feira. As suas instalações são no serviço de Consultas Externas do referido hospital.
A LAHSS promove diversas iniciativas de apoio social, que têm como enfoque duas vertentes: apoio a famílias e pessoas sinalizadas para tal e instituições. Esta ajuda corporiza-se, nomeadamente, através da aquisição de bens alimentares, medicação, mobiliário. De referir a consignação de verbas de apoio social à aquisição de material para vários serviços do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, como os de oftalmologia, otorrinolaringologia, medicina e reabilitação física e casa Ozanan.
São também celebrados o Dia Mundial do Doente, o aniversário da LAHSS e o dia Mundial da Criança. Todos os anos se realiza uma venda de Natal (Loja de Natal), revertendo todos os fundos auferidos para as acções levadas a cabo pela Liga.
O Voluntariado é uma outra esfera de intervenção desta associação. Segundo os seus números, há 12 anos que os voluntários oferecem uma média diária de 14 horas a esta causa.
As maiores dificuldades da LAHSS não são alheias à conjuntura económica actual. Nota-se um decréscimo do número de associados para um aumento dos pedidos de apoio.
Não obstante, mantém-se o propósito de executar as iniciativas previstas, com o objectivo de responder a grande parte dos pedidos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

JSD Solidária

O Núcleo Residencial da JSD de Santa Maria da Feira está a promover três iniciativas solidárias nesta quadra natalícia.
Em conjunto com a Associação de Dadores Benévolos de Santa Maria da Feira, a JSD promoveu, na passada quinta-feira, dia 8 de Dezembro, feriado da Imaculada Conceição, uma sessão de colheita de sangue. As instalações da Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira acolheram os técnicos do Centro Regional de Recolha de Sangue de Coimbra que, entre as 9.00 e as 13.00 horas, atenderam trinta e sete dadores, maioritariamente jovens. O NR|JSD Feira considera que a actividade de colheita de sangue foi um sucesso e prova da solidariedade das gentes feirenses.
Na repetição do evento “Juventude Solidária Dedicada”, a JSD volta a promover uma recolha de alimentos em prol das famílias carenciadas da freguesia. A população pode fazer os seus donativos, até 19 de Dezembro, na Junta de Freguesia da Feira ou junto dos membros da Comissão Política do NR Feira, contactáveis via Facebook ou e-mail. Posteriormente serão elaborados cabazes que a Junta de Freguesia se encarregará de fazer chegar a quem mais precisa.
No evento “Apadrinhe um presente”, a JSD coloca à disposição da população, através da sua página no Facebook, os presentes pedidos pelas crianças da instituição Irmãs Passionistas. Esta instituição acolhe crianças órfãs, que aguardam adopção. É possível apadrinhar esses presentes através do nosso Facebook (www.facebook.com/feira.jsd) ou do e-mail feira.jsd@gmail.com, entregando-os à JSD ou directamente à instituição.
O NR|JSD Feira está a envidar esforços para que estas actividades possam ser um sucesso e resultem num Natal mais feliz para a comunidade feirense.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bases de uma nova politica de Juventude

            As juventudes partidárias deparam-se com uma crescente dificuldade no chamamento de novas pessoas para os seus quadros, que servirão para mudar a forma como se faz política, renovar os quadros governativos e servir o bem público.

            Para a resolução de um problema, o primeiro passo é a assunção do que está mal, o que no caso parece-me o facto de as mesmas se fecharem sobre si próprias tornando a participação activa numa tarefa espinhosa tendo como consequência da falta de abertura, inevitavelmente a desconfiança que paira sobre aqueles que militam nas juventudes partidárias.

            A forma que defendo para combater o afastamento dos jovens das juventudes partidárias é a seguinte:

  1. Defesa das suas ideias, mesmo que opostas às do Partido em que se enquadram;
  2. Transparência;
  3. Projecto de âmbito geracional
  4. Inovação na forma como se discute política, levando-a às pessoas;
  5. Descentralizar a decisão, imputando responsabilidade a todos os membros das Comissões Políticas, através da criação de Departamentos;
  6. Criar um texto fundamental, onde estão patentes as principais linhas orientadoras da política seguida, de fácil leitura onde as pessoas que pensem integrar o partido se possam rever;
  7. Defender a Justiça Social, na juventude;
  8. Criar um conjunto de ideias que devem ser apresentadas anualmente a quem de direito, para aprovação e realização;
  9. Actividades de solidariedade obrigatórias nos estatutos, como forma de servir os mais desfavorecidos e cumprir em toda a plenitude o altruísmo patente na génese de todos os partidos políticos;
  10. Fiscalizar o trabalho dos representantes das mesmas em órgãos eleitos e  elaborar anualmente um dossier com o trabalho por eles desenvolvido;
  11. Repensar a forma como os congressos se realizam, e torná-los numa incubadora de empreendedorismo político;
  12. A selecção dos representantes em órgãos eleitos deve ser feita por sufrágio directo e universal;

            Lanço o repto, a que todos nos unamos para com a crítica construtiva podermos lançar as bases de uma nova política de juventude, aberta a todos e com igualdade de oportunidades, expurgando os usurpadores da meritocracia e da verdade material dos caminhos da defesa do bem público e do futuro da juventude e consequentemente de Portugal.

            Este elenco de ideias, reflecte aquilo que defendo para os jovens e para a política de juventude portuguesa.

            Para que o resultado final seja proveitoso, devemos encetar desde já o confronto de ideias, pois da confrontação sairá uma conclusão legitimada, pois ninguém sozinho é dono de toda a sabedoria.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Referencial Ideológico: Social-democracia

Tal como referido no anterior, este contributo destina-se a analisar o referencial ideológico que preside às opiniões, opções e decisões da área política em que se insere o nosso partido. Mais importante que ganhar eleições e dirigir os destinos do Soberano, é que esta acção esteja enraizada nos princípios e valores que constituem a Social-democracia.

A Social-democracia tem a sua evolução própria, estando a sua aplicação sujeita a interpretações por aqueles que a abraçam. Quer-me parecer, porém, que certos princípios basilares são comuns às suas várias manifestações, bem como o seu principal objectivo: o de ser uma forma ideal de democracia representativa, que pode solucionar os problemas da democracia liberal (sentido estrito).

A social-democracia é uma ideologia política que surge no fim do século XIX, por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução, mas por meio de uma evolução democrática. Esta evolução, designada por Reformismo, consistia numa gradual reforma legislativa no sistema capitalista, de forma a torná-lo mais igualitário. Este Reformismo caracterizava-se pela supremacia da acção política, em contraste pela supremacia da acção económica preconizada por Marx, bem como pela ideia de um Estado de bem-estar social democrático, contendo elementos do capitalismo e do socialismo (economia social de mercado).

Os seus principais teóricos foram Karl Kautsky e Edward Bernstein. Se ambos defenderam o Reformismo, os meios para o efectivar diferiam. Kautsky assumia uma posição anti-revolucionária, apesar de, dos dois, ser o mais próximo das ideias marxistas. Na verdade, Kautsky acreditava que a social-democracia triunfaria, restando aos trabalhadores esperar por ela. Preconizava uma atitude passiva perante a actividade política. Por seu lado, Bernstein veiculava a importância de existir uma classe média, que seria o resultado da melhoria gradual e constante das condições de vida dos trabalhadores.
Reconhecia também a existência de várias classes sociais interligadas e de um interesse nacional superior.

Eis os princípios da social-democracia, como teorizados pelos seus fundadores:
* A liberdade não inclui somente as liberdades individuais, mas também o direito de não ser discriminado e de não ser submisso a capitalistas ou ditadores;
* Igualdade e Justiça perante a Lei, em termos económicos e sócio-culturais, que irá permitir a igualdade de oportunidades;
* Solidariedade Social.

Como resulta da confrontação entre o exposto e a realidade, a interpretação da social-democracia difere de país para país, e até de partido para partido. Contribuem para esta situação factores como a concreta realidade
nacional, condicionantes históricos, sócio-culturais e o próprio processo de formação de cada partido.

No entanto, considero ser útil para as pessoas que integram o nosso partido compreender e reflectir sobre as nossas origens, quem foram, são e serão os sociais-democratas. É nosso dever, enquanto partido, contribuir para a sólida formação ideológica de todos nós. Só assim poderemos atingir o desiderato, ideal é certo, a que me refiro na segunda frase deste texto.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Será uma solução sair da Zona Euro…

Neste momento estão a ser colocados vários desafios a Portugal, com os programas de ajuda e de austeridade bastante fortes a serem impostos neste momento ao nosso Pais. Não partilho da opinião que Portugal deva sair do euro, essa não é solução adequada. A opção de ficarmos no euro é menos penalizante. Se saíssemos seria muito muito mau. Diria mesmo que seria dramático vermo-nos forçados a sair do Euro. As desvantagens seriam bem superiores às vantagens e eu quero acreditar que Portugal vai fazer de tudo para cumprir os programas de ajuda. Estar numa moeda forte é positivo. Vivemos numa economia globalizada e temos que tomar estas medidas mais cedo ou mais tarde, pertencendo ou não ao euro. As medidas devem ser tomadas de imediato.



Desvantagens:


·         Pagamento de taxas e custos cambiais nas trocas comerciais com a zona euro;

·         Tendência para aumento da taxa de inflação, pelo menos numa fase inicial, sobretudo devido inevitável importação de petróleo e seus derivados, mas também de outros produtos, tais como, automóveis, tecnologias diversas e matérias-primas internacionais;

·         Desvalorização do valor real dos salários e perda de poder de compra por efeito da desvalorização do Euro e consequente aumento da taxa de inflação;

·         Desvalorização do valor dos depósitos bancários, proporcional à desvalorização da nova moeda face ao Euro;

·         Pânico na Banca motivada pela corrida aos bancos para levantamento dos depósitos bancários em Euros;

·         Acentuado agravamento do valor da divida a pagar à Troika e a outros países credores de Portugal, já que a desvalorização da moeda nacional para um valor inferior ao euro, faria aumentar o valor da divida portuguesa aos credores internacionais na mesma proporção

·         Aumento do valor da divida a pagar pela Banca aos seus credores internacionais. Por este motivo, a banca terá tendência a aumentar a taxa de juro na concessão de crédito a particulares e empresas;


Óscar Pinto

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Medo global

A Europa e o Mundo tremeram na semana passada, quando a Grécia propôs a realização de um referendo. O princípio do fim do euro começou a vislumbrar-se diziam alguns, outros diziam que era uma jogada genial do primeiro-ministro Grego. No fim, parece que vai haver um governo de salvação nacional com representação alargada, que já poderia ter sido formado á bastante tempo e poupado outros países Europeus das ondas de choque.

Itália começa agora a tremer também, pois para aqueles lados as coisas também não estão bem. A verdade é que o risco de um resgate em Itália é demasiado grande, e o mundo começa a questionar se a Europa, que ate agora reagiu sempre tarde, terá capacidade de reacção à crise Italiana, que caso rebente, será muito pior do que aconteceu com Irlanda, Portugal ou Grécia.

No meio disto tudo está Portugal, que das tripas faz coração, para conseguir cumprir com os acordos, e é esmagado pelos mercados que tremem com estas notícias nada animadoras. A Europa precisa de reagir rápida e cirurgicamente. Todos estamos fartos de cimeiras históricas, que de históricas só têm que nada se resolve. Cimeiras Europeias, G20, G8, etc… das quais sai muito pouco ou nada.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Visita às Associações

No dia 29 de Outubro, numa manhã de sábado, o núcleo da JSD da freguesia da Feira realizou mais uma visita a associações locais, sendo a continuação de um projecto de conhecer e tentar ajudar as associações que actuam na freguesia de Santa Maria da Feira.

10h - Liga dos Amigos da Feira
Formalmente constituída em 1983, tendo actualmente 25 sócios, tem como objectivo salvaguardar, engrandecer e não deixar esquecer o património cultural e humano do concelho, atingindo estes objectivos com as seguintes actividades:
- Exposições;
- Implementação de monumentos (escultura de Fernando Pessoa, bustos do Doutor Veiga Macedo e do Professor Leão, entre outros);
- Colóquios;
- Elaboração e divulgação das revistas "Villa da Feira" e "Publicações Santamarianas";

11h15 - Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Santa Maria da Feira
Completa no presente 20 anos de existência, sendo constituída por 206 voluntários que percorrem o concelho duas vezes por ano com o objectivo de organizar as colheitas de sangue nos 36 centros de recolha estabelecidos.
Para se poder dar sangue é preciso:
- Ter mais de 18 anos;
- Ter mais de 50 kilos;
- Disponibilidade;

Para mais informações, dirigir-se à sede.

12h30 - Comissão de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira
É um caso único no país, sendo a única associação em Portugal a gerir e preservar um monumento, neste caso o Castelo da Feira, tendo sido atribuído a gestão em 1940.
Depende de receitas próprias, nomeadamente:
- Bilheteira;
- Eventos (Viagem Medieval);
- Apoios comunitários (QREN);
- Mecenato;

Tem como objectivos futuros, além da preservação e divulgação do castelo, o aprofundamento da investigação histórica própria e valorização da área circundante ao monumento.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Linha do Vouga

Não concordo com o encerramento da linha ferroviária do Vouga, carreira que é (ou era?) carinhosamente alcunhada de "Vouguinha" pelas gentes feirenses e não só.

Inaugurada no início do século XX, com uma extensão inicial de 140 km, de Espinho a Viseu, a linha do Vouga chegou ao presente com um trajecto de 60 km, entre Espinho e Sernada do Vouga (concelho de Águeda), tendo transportado no ano de 2010, 610 mil passageiros, com a CP, no entanto, a ter prejuízo com a linha no valor de alguns milhões, sendo esses mesmos prejuízos o motivo para se encerrar a linha, mesmo que esta seja uma gota no mar de prejuízos de 2010 da CP, 195 milhões de euros, e uma gota no oceano da dívida sua dívida, que tem o valor actual de 3 796 000 000 (ver link).

Mas o problema é mais profundo do que "simples" dívidas e passivos. O problema é de falta de estratégia, falta de visão, de favorecimento de políticas de betão, do incentivo ao consumo desmesurado do automóvel e à sua cultura inerente.
O Vouguinha poderia ser uma alternativa aos milhares de carros que entopem diariamente de manhã e ao fim da tarde a N227 no troço Feira - São João da Madeira, podia ser uma alternativa à linha do Norto entre Ovar e Aveiro, podia ser ao fim-de-semana uma óptima fonte de turistas. Podia ser muita coisa.

Mas não é, sobretudo devido à visão e ao interesse no transporte rodoviário, que vem crescendo exponencialmente, em detrimento da rede ferroviária que tem vindo a diminuir desde o governo de Cavaco, resultado de políticas e estratégias concentradas unicamente no transporte individual, a longo prazo mais caro e muito menos sustentável.
As Auto-estradas, SCUTS e ex-Scuts que proliferam o litoral são importantes, mas já são em demasia, ainda por cima quando há alternativas como os caminhos de ferro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vamos dar um voto à responsabilização?!

Hoje em dia, estamos a viver uma conjuntura económica muito pouco favorável para toda a população portuguesa e torna-se visível a dificuldade que as famílias enfrentam. Consecutivamente, existem filhos a presenciar as perdas dos seus pais, como a sua única fonte de rendimento, e eles próprios questionam o seu futuro, já hipotecado. Estes, os jovens, estão a formar-se, mas ao mesmo tempo, é-lhes incutido o espírito de derrota, de falhanço, de desespero, de não conseguir vingar no mercado de trabalho.

Este país está assim muito por culpa nossa. Porque queremos nós continuar a eleger governantes que não têm noção do sacrifício que os portugueses têm de fazer para minimizar os seus próprios erros?!

Ainda agora, na Madeira, elegeu-se um governante que, sozinho, conseguiu um desvio orçamental de 1mil milhões de euros e que, para seu benefício, foi eleito com maioria absoluta, mas no entanto, um castigo para todos nós. Porquê continuarmos a baixar a cabeça e não pedir satisfações?! É simplesmente o nosso (funcionários públicos) subsídio de Natal…

Que responsabilização é essa que tem o nosso “Representante”? Que direito é esse que ajuda a comprometer e hipotecar todas as gerações futuras? Eles não recebem mensalmente uma remuneração para gerir o seu orçamento ao longo do ano?! Se eles não fazem o seu trabalho, porque não serem punidos?!

Todas estas manifestações que ocorreram no dia 15 de Outubro, deviam ter sido realizadas há um mês atrás… Não com o intuito de nos queixarmos deste governo, que apenas está a tentar remediar todos os erros que incorremos nas governações anteriores, mas para proibirmos pessoas como o Presidente da Madeira a se recandidatarem.

Graças a muitos erros e a um desvio orçamental de 3mil milhões de euros, todas as pessoas que trabalham para o Estado ou que dependem dele (pensionistas) vão ter que (re)fazer o seu orçamento de 2012 sem o subsídio de Férias e de Natal. (E não faltará muito até chegar ao sector privado.)

Somos os colaboradores/funcionários que apresentam uma das taxas de produtividade mais baixas na Europa e, consecutivamente o sector privado, para baixar o valor da mão-de-obra, vai ter de trabalhar mais 30 minutos por dia, isto se a empresa pretender.

Temos que ter em, muita, consideração e prestar demasiada atenção aos sentimentos dos nossos colaboradores que já se apresentam desanimados o que pode conduzir a uma “greve de zelo”. Se fosse empregadora juntaria todo o meu capital intelectual (colaboradores) e negociaria com eles. Eles iriam trabalhar mais 30minutos/dia, mas 50% dos meus lucros, derivados desse aumento de trabalho, iriam ser distribuídos por eles. Já não estariam a trabalhar sem nada receber e passariam a estar motivados para atingirmos o mesmo objectivo final. É este envolvimento que precisamos entre os patrões e os seus colaboradores.

Neste Orçamento para 2012, vimos também a subida do IVA para 23% de alguns produtos e para a área da restauração. É necessário estar atento relativamente à subida dos impostos que vão compensar a subida da fuga aos mesmos, isto é, a população paga até um certo limite e quando vê que passa o exagero começa a fugir.

Observamos, também, um corte nas deduções da saúde, educação, dos juros dos empréstimos de habitação para os escalões cujo rendimento seja acima dos 66.000€ anuais, e agora pergunto: Vamos voltar à fase “Quer com ou sem factura?”.

Uma coisa é certa, se não quisermos que isto se repita na geração dos nossos netos, há que prestar muita atenção, mas mais do que isso, temos que ser rigorosos e exigentes com aqueles que geram o nosso dinheiro e responsabilizar os nossos Governantes pelos seus erros, caso contrário estas medidas extraordinárias passarão para ordinárias.

Sara Ferreira

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Visita à Cerci


No passado dia 3 de Outubro, o núcleo deslocou-se às instalações da Cerci Feira para conhecer a instituição e as suas funções, objectivos, problemas e a realidade do seu dia a dia.

A acção da Cerci Feira divide-se em sete valências:
- Centro de actividades excepcionais;
- Serviço de apoio ao domicílio;
- Escola de ensino especial;
- Rendimento social de inserção;
- Formação professional;
- Lar residencial;
- ATL – Sonho de criança:
 A formação profissional e o lar de idosos estão localizados em Milheirós de Poiares, enquanto as restantes valência têm lugar na Feira.

As suas fontes de rendimento provêm de fontes públicas e privadas, a nível nacional e local, embora estas sejam ainda insuficientes face a alguns objectivos que a Cerci Feira se propõe, como a instalação de um elevador na sede, uma nova carrinha adaptada ou a remodelação das instalações sanitárias.

É um breve resumo que não faz jus ao enorme trabalho que esta instituição pratica no seu dia a dia, ajudando as pessoas que por vezes são as mais esquecidas, e lutando pela integração das mesmas, na sociedade, e em casos mais difíceis no "simples" dia a dia.
Em nome da JSD Feira, um muito obrigado.

A Comissão Política

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Professor Baltazar

No passado dia 26 de Agosto, vítima de doença prolongada, deixou-nos Baltazar da Silva Oliveira, o que me leva a esta tardia, mas merecida homenagem ao grande homem, feirense e artista que foi o Professor Baltazar. Através das minhas palavras, a JSD deixa o seu muito obrigado àquele que foi um grande impulsionador da juventude.

Durante toda a minha vida, recordo-me de um homem magro, de média-estatura, cabelo e barba grisalhos que podia ser visto por toda a cidade: na escola em que leccionou, nas associações que tanto ajudou, nas tertúlias com os amigos no Renascer ou pelas ruas da Feira. Dos cenários infantis com a sua assinatura, aos vários monumentos espalhados pela cidade, o Professor Baltazar era um vulto incontornável da comunidade feirense.
A sua herança artística estende-se a várias freguesias do nosso Concelho – como o Monumento ao Ciclista em São João de Ver – e a muitos outros locais do nosso país – como o Monumento ao Sapateiro, em São João da Madeira, e o Monumento aos Bombeiros, em Pombal. Contudo, a honra do maior traço da sua obra coube, não à terra que o viu nascer, mas sim à cidade que teve a triste sorte de o ver partir – a cidade da Feira. Aqui, deixa um traço indelével na paisagem urbana e uma ainda maior marca humana nas várias associações, para as quais a sua porta sempre esteve aberta.

A “dívida” das gentes feirenses para com o Professor Baltazar nunca será devidamente saldada, ainda assim, fica aqui o meu agradecimento, que muitas vezes actuei, em saraus do infantário e da escola primária, à frente dos seus cenários e tive até a sorte de esculpir uma medalha sob a sua orientação. Hoje, já crescida, constato que o Professor nos deixou o melhor presente que podia: o seu talento materializado nas ruas da cidade, como o Monumento da Associação dos Dadores Benévolos de Sangue ou o Monumento da Cerci-Feira e que garante que o carismático professor Baltazar possa “viver” para sempre, talvez até um dia dando o nome a uma das ruas da cidade que tão bem serviu.
Joana Ribas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Egoísmo

 A Europa está doente, a falta de alternativas e ideias esta a ganhar terreno e a força de vontade que nos uniu está a desvanecer-se por entre as encruzilhadas do novo mundo.
 Entre as doenças conhecidas existem as curáveis e todas as outras que não merecem sequer que se escreva acerca delas, dado o carácter de irreversibilidade que as torna tão pesadas e frias.
 A doença diagnosticada à Europa encontra-se no grupo das doenças curáveis, carecendo “apenas” de tomar os devidos medicamentos. O primeiro receituário indicava que as economias mais débeis tinham que reduzir os seus défices e melhorar a sua produtividade, tendo como objectivo nivelar todos os níveis de endividamento e competitividade da União Europeia, ao fim de aproximadamente dois anos de austeridade continuamos mergulhados numa crise, a enfermidade mantém-se e como qualquer doença comum que não seja combatida, esta só vai ganhando terreno.
 As formas pensadas para resolver a crise, têm sido sempre sobre o ponto de vista de culpabilização das economias mais fracas, e pelos caminhos seguidos para atingirem os níveis de desenvolvimento desejado, acabando estas formas por agudizar a crise europeia, além de criar divisões no seio da União.
 Na minha opinião de leigo e não médico, pensando na Europa como um doente e os seus países como os diversos órgãos que o compõem, não podemos curar-nos enquanto pensarmos órgão a órgão, temos que pensar na Europa como um todo e combater a crise não no interesse dos Franceses ou dos Alemães mas no interesse de todos, no interesse dos cidadãos da União Europeia.
 Este pensamento individualista, patente nos Estados Europeus já devia ter aprendido com a história que a sua prossecução só nos pode levar ao colapso.
 A verdade é que Portugal desde a sua entrada na Comunidade Económica Europeia, se foi endividando, entendendo-se por um lado, que houve a necessidade de estimular e relançar a economia através da obras públicas, o que não se percebe é que isso tenha sido feito sem ter em conta a utilidade/benefício e a oneração das gerações futuras.
 Temos um novo governo, uma nova oportunidade que não podemos desperdiçar, o tempo é de olhar para o futuro abdicando das guerras do passado, se queremos marcar a diferença temos que pôr as cores partidárias de lado e a uma só voz, repôr a ordem nas contas públicas e estimular o que de bom têm os portugueses, colocando o país no centro dos olhares de todo o mundo, não como mais um em risco de incumprimento mas um case study de recuperação e crescimento económico.
 Apesar de termos que internamente encetar o caminho de uma cura definitiva, sem uma Europa a falar em uníssono nenhum país terá sucesso e quem irá sofrer são os cidadãos Europeus.
 Basta de egoísmos nacionalistas, estes só nos conduzem a um resultado, desintegração e colapso financeiro a nível mundial, dado que uma desintegração da zona euro não é a falência do Lehman Brothers, os efeitos seriam catastróficos.
 Vamos curar-nos enquanto essa possibilidade ainda existe.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Participação Cívica: Política

“O Homem é uma animal social e político por natureza. O Homem que não necessita de viver em sociedade, ou é um Deus ou uma Besta.” Esta afirmação pertence a Aristóteles, para quem a Política é a ciência suprema, da qual todas as outras se servem. A tarefa da Política é investigar qual a melhor forma de governo e instituições capazes de garantir a felicidade colectiva.

Decorre do pensamento político do Estagirita a concepção moderna de bem comum: os indivíduos não se associam somente para viver, mas para viver bem. E ninguém pode garantir o seu próprio bem sem a família e sem alguma forma de governo. Daí que, voltando à afirmação inicial, o Estado se afigure enquanto uma necessidade humana.

O conceito de participação política tem o seu significado fortemente vinculado à conquista dos direitos de cidadania. Nomeadamente, à extensão dos direitos políticos aos cidadãos adultos. Assim, no nosso ordenamento constitucional podemos encontrar, enquanto Direitos, Liberdades e Garantias, o direito de participação na vida pública, o direito de sufrágio e o direito de acesso a cargos públicos.

Segundo Norberto Bobbio, e tomando por base o ideal democrático, podem ser definidos três níveis de participação política:

  • Presença – forma menos intensa se participação. Engloba comportamentos passivos, como seja a mera participação em reuniões, ou receptivos, como a exposição a mensagens e a propaganda políticas.
  • Activação – relacionada com actividades voluntárias que os indivíduos desenvolvem dentro ou fora de uma organização política, podendo abranger participação em campanhas eleitorais, propaganda e militância partidária, além de participação em manifestações públicas.
  • Decisão – indivíduo contribui directa ou indirectamente para uma decisão política, elegendo um representante político (delegação de poderes) ou candidatando-se a um cargo governamental (legislativo ou executivo).

A forma tradicional de participação política passa pela militância partidária. No entanto, fruto da crescente complexidade social e alavancadas pela evolução tecnológica, novas formas têm surgido: associações cívicas, plataformas sociais de reivindicação (petições online), espaços de debate/opinião (blogosfera, redes sócias). Também a constante actualização dos meios de comunicação permite obter informação e emitir uma opinião em tempo real.

Este turbilhão participativo tem contribuído, de facto, para a abertura do meio político à sociedade, permitindo maior transparência e avaliação política “em directo”. Dá também aos cidadãos a sensação de envolvimento activo na vida política do seu país.

E é precisamente por este lado que os partidos políticos têm perdido o seu espaço na sociedade. O seu papel de referente ideológico, que informa e fundamenta as opiniões, opções e decisões políticas, não deve ser esquecido. Será esse o tema em reflexão no próximo contributo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Os efeitos económicos do 11 de Setembro

Os atentados terroristas do dia 11 de Setembro de 2001, que completaram dez anos neste domingo, agravaram os efeitos do “estouro da bolha” que já vinha sendo sentido pela economia mundial no final de 2000 e princípio de 2001.
Na época, a economia americana, considerada o motor da economia mundial, já vinha num processo de desaceleração por conta das perdas acumuladas pelas Bolsas, especialmente a Nasdaq, que reúne os papéis do sector da tecnologia.
O atentado foi o grande acontecimento recente na economia mundial, tendo em vista que os impactos gerados são de grandes proporções, o que deverá condicionar grande parte das acções de política económica no mundo ainda nos próximos anos.
As perspectivas de uma desaceleração mais acentuada da economia global, intensificaram-se de forma substancial com ataques terroristas. O mercado internacional sofreu uma retracção de recursos disponíveis, o que gerou diversas acções dos Bancos Centrais espalhados pelo mundo, visando garantir liquidez no mercado e evitar uma crise de maiores proporções.
Os actos de terrorismos afectam sempre as actividades económicas Mundiais mas isso torna-se ainda mais visíveis quando o lesado é uma das maiores potências mundiais
Muitos consideram que a historia da humanidade pode ser dividida entre o antes e o depois dos atentados de 11 de Setembro. Uma coisa é certa o mundo mudou para pior depois do atentado, países como a Itália, Espanha, Portugal e Grécia, entraram numa grave crise financeira como reflexo de tudo o que ocorreu após os atentados. As pessoas estão mais intolerantes e a militarização dos países, parecido com o que ocorreu durante a guerra Fria, não foi benéfica para ninguém.

Óscar Pinto